A farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson disse na segunda-feira que entrou com um pedido de aprovação do Ministério da Saúde do Japão para sua nova vacina contra o coronavírus por meio de sua unidade local.
Se aprovada, a Johnson & Johnson disse que sua vacina poderia ser entregue ao Japão no início de 2022, tornando-se a quarta vacina na luta contra o COVID-19 no país, que está ficando atrás de outras nações no lançamento da vacina.
Ensaios clínicos no exterior demonstraram que a vacina, que é recomendada pela empresa para adultos, teve uma taxa de eficácia de 66 por cento para prevenir COVID-19 moderado a grave e foi 85 por cento eficaz na prevenção de doenças graves.
“Um aumento nas opções de vacinas é desejável”, disse o secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, em uma entrevista coletiva, acrescentando que se espera que o processo de aprovação seja realizado rapidamente, com prioridade na confirmação da eficácia e segurança da vacina.
O governo japonês concedeu aprovação rápida na sexta-feira para as vacinas contra o coronavírus desenvolvidas pela empresa farmacêutica norte-americana Moderna Inc. e pela britânica AstraZeneca Plc, que são administradas em duas injeções, semelhantes à vacina da Pfizer Inc., que já foi aprovada.
As taxas de eficácia para prevenir COVID-19 em geral são de 94 por cento para a vacina da Moderna, 95 por cento para a Pfizer e 70 por cento para a AstraZeneca.
A vacina foi criada para ser uma alternativa econômica às vacinas Pfizer e Moderna e pode ser armazenada em uma geladeira em vez de um freezer.
Casos raros de coágulos sanguíneos com baixos níveis de plaquetas em indivíduos que receberam a injeção da Johnson & Johnson levaram a uma pausa em seu lançamento no exterior, inclusive nos Estados Unidos, que retomou seu uso em abril, após terminar uma revisão de segurança.
O governo japonês, que ainda não assinou um acordo de fornecimento da vacina Johnson & Johnson, ainda não decidiu quando e para quais faixas etárias as vacinas seriam oferecidas.
O uso da vacina AstraZeneca foi adiado após relatos de coágulos sanguíneos em pessoas que a receberam, uma vez que o governo considera parâmetros como a idade dos receptores.
O Japão já tem acordos para receber 50 milhões de doses da vacina COVID-19 da Moderna até setembro, 120 milhões de doses da AstraZeneca e 194 milhões de doses da Pfizer.
O Japão está atualmente lutando contra uma quarta onda de infecções, enquanto tenta acelerar sua campanha de inoculação.
O programa de vacinação do país começou em fevereiro com profissionais de saúde e posteriormente se expandiu para os idosos, que somam cerca de 36 milhões de pessoas. Mas apenas cerca de 4 por cento da população do país de 126 milhões recebeu pelo menos uma dose de vacina.