O governo da Ilha Maurício disse que buscará indenização do proprietário de um cargueiro japonês que derramou óleo após encalhar na ilha do Oceano Índico no mês passado.
O governo disse na sexta-feira (15), em um comunicado que a poluição por óleo causada pelo graneleiro de bandeira panamenha Wakashio está “tendo um impacto econômico, social e ambiental adverso sobre a população e o meio ambiente”.
O governo pediu que aqueles que sofreram perdas ou danos causados pela contaminação do óleo apresentem suas reivindicações.
A Nagashiki Shipping Co., uma empresa com sede na Prefeitura de Okayama proprietária do navio, disse que tratará “de boa fé” a questão da compensação.
Enquanto isso, o cargueiro se partiu em dois e a parte frontal do corpo será rebocada para o mar, disse a Nagashiki Shipping no domingo.
Ainda está considerando como lidar com o restante, acrescentou a empresa. De acordo com relatos da mídia, a parte frontal será afundada a pelo menos 1.000 quilômetros da ilha.
O governo disse quarta-feira que a retirada do óleo combustível do cargueiro está quase completa. Depois que o navio se partiu, o combustível restante se espalhou no Oceano Índico, de acordo com relatos da mídia.
A Mitsui OSK Lines Ltd., operadora da Wakashio, disse anteriormente que mais de 1.000 toneladas de óleo combustível vazaram do navio. Porções do óleo combustível vazado chegaram às costas do país, disseram as autoridades locais.
O encalhe ocorreu perto de Pointe d’Esny, uma área designada como zona úmida de importância internacional pela Convenção de Ramsar, que fica perto do Blue Bay Marine Park, outro local Ramsar.
A embarcação transportava um total de 3.800 toneladas de óleo combustível e 200 toneladas de diesel quando encalhou em 25 de julho. O vazamento começou na semana passada, quando um dos cinco tanques de combustível quebrou.
Maurício declarou estado de emergência ambiental em 7 de agosto por causa do vazamento de combustível, citando o impacto sobre animais ameaçados de extinção, como pássaros selvagens indígenas e tartarugas marinhas.